«Incerteza» é o tema dos Jardins Efémeros 2022 em Viseu

Junho 17, 2022 | Sociedade

A «Incerteza» é o tema da X edição dos Jardins Efémeros’2022: o festival multidisciplinar que volta a Viseu, entre 8 e 16 de Julho, com o envolvimento de artistas nacionais e internacionais e com novos projectos de reflexão, experimentação e participação. Entre outras novidades da programação, em 2022 vão receber um projeto que cruza os diferentes géneros musicais de Pino Palladino, Sam Gendel, Blake Mills e Abe Rounds e simultaneamente explora a versatilidade musical destes artistas.

Pino Palladino, baixista de rock and roll, jazz e rhythm and blues, vencedor de um Grammy, considerado um dos melhores baixistas do mundo. Abe Rounds que começou a tocar bateria com apenas um ano de vida e tem vindo a colaborar como multi-instrumentista, com artistas como Seal, Andrew Bird, Sara Barellies, Pino Palladino, Blake Mills e Mark Ronson. Blake Mills, o compositor e prodígio da guitarra, foi produtor de álbuns de Alabama Shakes e Perfume Genious, que redefiniram o som e a carreira desses artistas. E Sam Gendel, músico e produtor de Los Angeles, conhecido principalmente pelo seu trabalho como saxofonista, proficiente em diversos instrumentos, que para além de integrar este quarteto, irá igualmente atuar a solo nos Jardins Efémeros.

Para Sandra Oliveira, directora artística do projeto, também a presença do músico finlandês, Vladislav Delay, “será um dos grandes momentos da programação” deste ano. Das suas diversas colaborações salientam-se Scissor Sisters, Craig Armstrong, AGF, Black Dice, Massive Attack, Towa Tei e Ryuichi Sakamoto.

A Comissão de Avaliação dos Jardins Efémeros, constituída por Beatriz Rodrigues (instrumentista e compositora), Catarina Machado (radialista e crítica de música) e Sandra Oliveira (programadora e gestora cultural), selecionou propostas das 67 candidaturas submetidas na chamada de artistas, sendo que 15% eram do distrito de Viseu, 69% do resto do país e 16% internacionais.

As propostas selecionadas foram: Yamila, que dança entre a música electrónica e analógica, misturando a tradição e a experimentação; Nuno Morão, que irá mostrar o seu projeto de percussão a solo, explorando as potencialidades tímbricas e rítmicas de um conjunto de instrumentos, criando uma linguagem musical única; Wipeout Beat, uma banda de três veteranos no panorama musical de Coimbra, o seu disco «No more nights» é um convite às noites de perdição e de partilha, uma antítese do próprio título; e a Rachika Nayar, compositora e produtora do Brooklyn, cria música ao explorar as possibilidades expressivas da guitarra por meio de processamento digital.

Este ano, os Jardins Efémeros juntam-se à acção artística colectiva Mantra da PAZ  e convidaram comunidades e participantes individuais a colaborar na construção de uma peça de 2160 quadrados bordados com a palavra «Paz», como apelo local aos governantes nos seus compromissos com os processos de paz e sustentabilidade.

Outra das iniciativas que vai marcar os JE deste ano é Cidade Invisível, um projeto que propõe uma reflexão sobre o espaço privado/espaço público e a coabitação potenciadora da relação bidireccional entre o indivíduo e o colectivo. É um projeto de alunos da Escola Superior de Educação de Viseu, com alunos da Escola Secundária Viriato, coordenados pelo Coletivo de artistas LP2, por Paula Rodrigues pela ESEV, Ana Paula Barbosa, pela ESV e Paula Soares pelo PNA.

A funcionar em regime «fora de portas» desde o ano passado, o projecto A Casa do Sonho continuará a existir dessa forma e vai ter 7 oficinas a decorrer em escolas, entre 20 e 24 de junho. No total são 26 sessões. Já a Casa da Imaginação, um espaço que surge este ano pela primeira vez e aberto a todos os que queiram participar e praticar a reflexão e o pensamento orientado para a educação artística, haverá 17 oficinas, divididas em 152 sessões.

JARDINS EFÉMEROS é uma realização organizada pela Pausa Possível – Associação Cultural e de Desenvolvimento, e é financiada pelo Município de Viseu e pela Direção-Geral das Artes.

 

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