Naquele que terá sido um dos actos eleitorais mais disputados de sempre, com três candidatos à partida e dois a serem sufragados, João Luís Monney de Sá Paiva foi o eleito, sucedendo a Fernando Sebastião na cadeira da presidência do Instituto Politécnico de Viseu (IPV). Obteve 15 votos, mais dois que José dos Santos Costa, após terem votado 28 dos 30 conselheiros que compõem o Conselho Geral.
Na reunião do Conselho Geral do IPV, realizada na Aula Magna, e que tinha como ponto único na sua ordem de trabalhos a eleição do presidente do IPV para o quadriénio 2017/2021, a diretora do Centro de Emprego de Viseu faltou ao acto eleitoral, e o presidente do Conselho Geral, Correia de Campos, não votou por imposição estatutária.
Como candidatos ao mais alto cargo da Instituição apresentaram-se os professores João Luís Monney de Sá Paiva, docente da Escola Superior de Tenologia e Gestão, e José dos Santos Costa, docente da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu.
O presidente agora eleito é licenciado e doutorado em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Tem o grau de Mestre em Engenharia Térmica, atribuído pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
No seu programa eleitoral, João Monney Paiva apresentou-se como candidato defensor de um IPV como local “onde se promova a liberdade de pensamento e de acção (ao serviço de toda a comunidade, onde todos tenham oportunidade de desenvolver uma cidadania plena); de apoio a estudantes com problemas económicos enquanto factor de coesão social; de um IPV ao serviço das estratégias competitivas da região (alinhado com as estratégias regionais para o desenvolvimento e a internacionalização, parceiro activo nas redes regionais); de uma política de ID&I e de prestação de serviços que promova a resolução de problemas e o aproveitamento de oportunidades; e de um funcionamento em cooperação interna entre as escolas e departamentos (combatendo a burocratização).
No imediato, as atenções de Monney Paiva centram-se na organização dos Estados Gerais do Ensino Politécnico; criação de ‘summer schools’ dirigidas a alunos portugueses e estrangeiros; criação de uma rede regional de Escolas Secundárias/Profissionais articuladas com o IPV; estabelecimento de um Fundo de Apoio Social recorrendo a iniciativas de âmbito solidário (acorrendo a situações de emergência financeira extrema); criação de Serviços de Apoio às Artes e Tecnologias e às Actividades Desportivas que integrem, promovam, dinamizem e façam a gestão da produção artística, cultural e desportiva (colocando-as ao serviço do desenvolvimento de uma cultura de participação, integração e cooperação entre os estudantes); colocação em funcionamento de um serviço “IPV Solidário” (que apoie o voluntariado de âmbito nacional e internacional); integração em redes europeias de universidades (UASnet, UA- S4Europe, EURASHE [UAS+University Colleges], Smart Partnership for Regional Impact, Swiss Universities of Applied Sciences, Österreichische Fachhochschule Komferung); constituição de uma Unidade de Missão para a Simplificação Administrativa participada por todas as unidades orgânicas (estabelecendo mecanismos e implantando uma cultura de simplificação de procedimentos e formalidades); definição de linhas estratégicas de ID&I; e apoio a iniciativas de criação de projetos-piloto de aprendizagens ativas.