As 16 instituições que apresentaram os melhores projectos culturais no âmbito do concurso «Viseu Terceiro» promovido pela Câmara Municipal de Viseu, já receberam a primeira tranche (40 por cento) dos 400 mil euros alocados. Na cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento, o presidente da Autarquia, Almeida Henriques realçou que o caminho até agora percorrido na consolidação deste concurso revela, por um lado “a enorme vitalidade” da actividade cultural no concelho e, por outro, “um enorme desafio” para todos aos protagonistas, num concurso que é “pioneiro” a nível nacional.
“Hoje pomos um selo num modelo mais democrático e mais transparente de apoio à criação cultural e à criatividade em Viseu, um concelho que tem todas as condições para desenvolver um ecossistema criativo e artístico diferenciador e de excelência. A rede que temos já consolidada é um trunfo para esse objetivo”, garante Almeida Henriques.
De entre os projectos vencedores, num total de 90 que foram submetidos a concurso numa primeira fase, nove são inéditos e três estão focalizados no sector rural. Todos eles avaliados e eleitos por um júri independente, constituído por Dalila Rodrigues, Aires do Couto, Agostinho Ribeiro e Norberto Santos, naquela que foi, segundo Almeida Henriques, “uma das inovações mais marcantes do concurso «Viseu Terceiro» e uma garantia do rigor e da qualidade das decisões”.
“Realizar um concurso público, aberto, com regras e critérios bem definidos, com um júri independente, sujeito a um calendário e a um escrutínio público, dá muito mais trabalho do que decidir casuisticamente. Mas dá também muito melhores frutos. E os resultados começam hoje a ser visíveis”, realça Almeida Henriques.
Entre os projectos vencedores estão a «Comemoração do 20º Aniversário da Companhia Paulo Ribeiro», promovido pelo Teatro Viriato, que prevê a criação e produção do espetáculo de dança «A Festa»; o projeto «Viseu Rural 2.0.», que propõe a inventariação patrimonial de criação artística sonora, de media e de difusão cultural em todas as freguesias rurais do concelho de Viseu; e a instituição do prémio literário «Aquilino Ribeiro».
“O Município de Viseu não ignora nem desvaloriza o papel importante e imprescindível do financiamento público às artes, à criatividade e à oferta cultural para todos. Este investimento que fazemos é prova inequívoca disso, tal como o orçamento anual que destinamos à Cultura, superior a 1,6 milhão de euros”, acrescenta o presidente da Câmara de Viseu.
Depois de sublinhar que programadores e agentes devem procurar fontes complementares de receita que aumentem a capacidade de realização, a independência e viabilidade dos projetos numa lógica de sustentabilidade, Almeida Henriques garantiu que a Câmara vai melhorar, já este ano, o calendário de realização do concurso «Viseu Terceiro».
O novo concurso será lançado em Setembro, dando tempo para que todos os procedimentos de avaliação, decisão e contratação se fechem até ao final do ano.
Será também um concurso que permitirá financiamento para dois anos. “E que fará uma distinção mais clara entre projetos consolidados e novos projetos, evitando qualquer concorrência entre estas duas linhas distintas de propostas”, conclui Almeida Henriques.