A Santa Casa da Misericórdia de Viseu promoveu dois dias dedicados ao estudo da sua história e do seu património cultural, integrados no programa das comemorações dos 500 anos. As Jornadas, levadas a cabo no Auditório da Escola Superior de Saúde, constituíram, segundo a organização, “pontos altos e muito produtivos nestas comemorações”, quer pela qualidade das intervenções, quer por terem sido apresentados dados relevantes para a história local. O primeiro dia, dedicado ao património cultural das Misericórdias, teve a parceria da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), que pretendeu debater a nível nacional a importância dos arquivos históricos e incentivar a introdução de boas práticas neste setor, como a que está a ser empreendida na Misericórdia de Viseu.
O Colóquio do dia seguinte reuniu vários investigadores, que apresentaram comunicações centradas nos sucessivos períodos da história da irmandade, com revelações inéditas, a publicar no livro do centenário, que a Misericórdia pretende lançar até final do ano.
HOMENAGEM A ENGRÁCIA CARRILHO
No dia 27 de setembro, dia do centenário do nascimento de Manuel Engrácia Carrilho, teve lugar uma sessão de homenagem ao ex-provedor da Misericórdia, que dirigiu a instituição durante cerca de30 anos. Intervieram na sessão, além do presidente do Município, Almeida Henriques, e do atual provedor, Adelino Costa, o presidente honorário da UMP, Vítor Melícias, e ainda José Sarmento Moniz e António Figueiredo Lopes, que testemunharam a elevação daquele momento simbólico.
A homenagem culminou com a inauguração da Exposição evocativa “RECORDAR”, no Museu da Misericórdia. Segundo o Diretor do Museu, Henrique Almeida, “a exposição contém um caráter intimista, com modernidade estética, e, simultaneamente, uma mensagem pedagógica para as novas gerações. A par da componente histórica, procura transmitir valores de integridade e espírito de missão”.