Viseu quer manter estatuto de cidade acessível

Abril 10, 2014 | Região

A eliminação de barreiras físicas, arquitectónicas e urbanísticas, e a adaptação dos espaços e funcionalidades de uso público em Viseu, proporcionando aos residentes e visitantes “mais e melhores opções de mobilidade”, foram alguns dos desafios (re)assumidos pelo presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, na sessão de abertura da conferência internacional sobre turismo acessível, que reuniu especialistas nacionais e internacionais numa unidade hoteleira desta cidade.

“Viseu está hoje na rota das cidades acessíveis, com preocupações de inclusão, com soluções para a inclusão, com uma política municipal sensível, e com potencial de afirmação neste segmento turístico” sublinhou Almeida Henriques, convicto de que “esta é uma oportunidade que deve ser trabalhada” e, também, “um desafio a vencer”. Para isso, concluiu o autarca, será aproveitado o processo de regeneração urbana em curso, e o esforço na valorização de vários espaços públicos desenvolvido ao longo dos últimos anos.

A aposta na melhoria da «mobilidade verde» na cidade, através da criação de corredores verdes que liguem o centro histórico a importantes pontos de actividade, nomeadamente do ensino superior, e potenciem a “mobilidade por bicicleta no coração urbano”, é outro propósito reiterado por Almeida Henriques. Estão neste caso, explicou o autarca aos jornalistas, a ligação da ecopista à radial de Santiago, e a ligação entre o centro histórico ao Instituto Politécnico, Universidade Católica, Hospital e Escola Superior de Saúde, ambas a convergir futuramente no Fontelo.

Para além do reforço da atractividade da cidade, não apenas para os residentes mas também para os visitantes que optam por estas soluções, as duas vias cicláveis serão “o primeiro passo” para retirar a circulação automóvel do centro histórico de Viseu. “É uma medida que não faz qualquer sentido sem que estejam primeiro asseguradas alternativas”, reconhece Almeida Henriques.

O reforço da acessibilidade e inclusão em Viseu, enquanto “factores de identidade e qualidade de vida”, passa ainda pela melhoria de acesso à informação no espaço público e no espaço digital, a par da participação portadores de deficiência ao edificado da cidade, em especial no centro histórico.

UM GUIA TURÍSTICO NA «PALMA DA MÃO»

A aplicação turística para smartphones e tablets “Viseu na palma da mão”, desenvolvida pelos alunos de informática da Secundária Emídio Navarro e coordenada pelos professores Carlos Malta e Vítor Costa, regista já 40 a 50 acessos diários. Através dela é possível conhecer, de uma forma inovadora e acompanhada, e a partir do local onde o visitante se encontra, 68 pontos de interesse da cidade: 36 de património, 7 de museus, 4 de parques e jardins, 10 de cultura e lazer, e 10 igrejas.

A funcionar gratuitamente desde Novembro de 2012, e apresentada durante a conferência sobre «Turismo acessível», a aplicação, patrocinada pela Câmara Municipal de Viseu e pelo Turismo do Centro, tem vindo a registar um aumento “consistente” do número de acessos, registando-se os maiores «picos» nos meses de Verão.

Com aplicação georreferenciada, as imagens captadas pelos dispositivos móveis são enriquecidas através da sobreposição de textos, vídeos e imagens digitais, permitindo ainda o acesso a outras informações complementares, nomeadamente a distância em relação ao ponto de interesse selecionado.

 

 

 

 

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