O presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António de Jesus, manifesta-se “preocupado” com “tantas dúvidas, hesitações e retrocessos do poder central” em relação à tão desejada requalificação do IP3. Um processo que, segundo o autarca, voltou à “estaca zero” , depois das recentes declarações proferidas pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d´Oliveira Martins.
Em Castelo Branco, onde participou numa reunião do Conselho Regional do Centro, aquele membro do Governo foi peremptório: neste momento “não há capacidade financeira” nem para o lançamento da nova ligação entre Viseu e Coimbra, nem para a requalificação do IP3, afirmou Guilherme d´Oliveira Martins.
Perante aquele anúncio, José António de Jesus informou os membros da Assembleia Municipal de Tondela que já solicitou uma reunião com o secretário de Estado das Infraestruturas, para reforçar, junto deste membro do Governo, que a requalificação do IP3 é uma obra prioritária “no quadro dos investimentos estruturantes” para o concelho.
O presidente da Câmara Municipal de Tondela continua a defender, como “primeira prioridade”, a manutenção do IP3 sem portagens, solução que o executivo a que preside sempre defendeu. “No entanto, foi agora afirmado publicamente que o modelo financeiro e o projecto para esta via ainda não estão definidos, anunciando-se que só para fevereiro de 2017 o mesmo estaria concluído e, em setembro do mesmo ano, o respectivo estudo de impacto ambiental”, lamenta o autarca.
Na última reunião da Assembleia Municipal, o autarca de Tondela reiterou o “determinação e empenho” do seu executivo para que se possa chegar a uma “solução real que não comprometa a crescente e consolidada competitividade da economia local e regional, atrasando aquilo que se considera uma causa nacional ao sabor de conveniências”.