Inaugurado a 30 de Outubro, intencionalmente devido à proximidade do Dia de Todos os Santos, o crematório de Viseu, localizado no cemitério de Santiago, só começará a funcionar a partir de segunda-feira (12 de Novembro). Fonte da empresa Beira Cruz, responsável pelo empreendimento, disse ao «VR» que o forno ainda está em fase de teste, razão pela qual ainda não foi feita qualquer cremação. O equipamento é o segundo do género na região Centro do país, depois da Figueira da Foz.
Lançada pela Câmara Municipal de Viseu, no âmbito de uma parceria público-privada, sem qualquer custo para os cofres municipais, a construção do crematório de Viseu representa um investimento de meio milhão de euros, integralmente assumido pela Beira Cruz, Lda., que venceu o concurso. Para além da gestão do equipamento, a empresa pagará ainda à Autarquia, que cedeu o espaço, uma percentagem por cada serviço efectuado, ao longo dos 30 anos em que vigorará o contrato estabelecido.
“Este é um bom exemplo para o país de parcerias público-privadas, uma vez que a Câmara não investiu qualquer capital e nem corre riscos em relação à rentabilidade do equipamento”, sublinha Rui Ramos, gerente da Beira Cruz. Por outro lado, acrescenta o empresário, trata-se de um equipamento que “vem dar resposta a muitas solicitações na região, numa altura em que a cremação de corpos é uma resposta ecológica e com menores custos para as famílias”.
Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu considera que o crematório agora inaugurado vem trazer um «upgrade» à cidade de Viseu, que passou a dispor de um “equipamento que tem de ser encarado pela perspectiva da sua necessidade, e que se coaduna com os tempos modernos”, reconhece o autarca, que sublinha ainda o facto do Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, “ter já afastado alguns tipos de preconceitos” que rodeiam estas infraestruturas.
Acompanhada de perto pelo vereador António da Cunha Lemos, a construção do crematório de Viseu contempla outras valências que vão para além da cremação, nomeadamente a prestação de outros serviços solicitados pelas agências funerárias. O complexo é ainda constituído por salas de velório, despedida, tanato praxia, e átrio de atendimento ao público. No exterior pontificam os columbários, com 100 gavetões já construídos num total de 220, e o jardim da memória para enterrro de pequenas urnas em papel reciclado, com as cinzas dos corpos que não são reclamados.