CIM Dão Lafões investe mais 10 milhões na promoção do empreendedorismo

Agosto 3, 2012 | Região

Constituído por 28 acções, que totalizam um investimento de cerca de 10 milhões de euros, a Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões acaba de apresentar o Plano de Acção para a Promoção do Empreendedorismo da Região, a desenvolver entre 2012 e 2015. Promover a difusão da cultura empreendedora; organizar, qualificar e dinamizar o ecossistema empreendedor regional; dinamizar a comunidade educativa e formativa no território; inspirar novos empreendedores; e estimular e pôr em prática iniciativas de cooperação para a promoção do empreendedorismo, são os cinco objectivos estratégicos que sustentam o documento.

A concretização daquele Plano de Acção passa, em larga medida, segundo a entidade promotora, pela articulação de projectos de várias entidades e instituições, resultantes da identificação de preocupações e dinâmicas sócio-económicas locais. “Transformar a Região num território com uma atmosfera amigável e atractiva, por forma a consolidar uma nova cultura criativa e empreendedora assente na educação para o empreendedorismo, na mobilização da comunidade para o desenvolvimento de soluções, e afirmação de uma nova vaga empreendedora, é o objectivo das acções a levar a cabo até 2015”, concretiza Carlos Marta, presidente da CIM Dão Lafões.

Identificados já os principais domínios de oportunidades – Turismo, Produtos Agroalimentares, Energias Renováveis e Floresta -, a CIM Dão Lafões assinou um compromisso de cooperação com diversas entidades de desenvolvimento local e regional, associações empresariais, e instituições de ensino superior, que constituem a Rede Regional de Empreendedorismo Dão Lafões, um estrutura em que está ancorada a estratégia para a implementação das respectivas acções no terreno.

Enquanto isso, a criação de novos negócios passará pela inovação que se conseguir introduzir em cada um daqueles sectores, através da integração, densificação e sofisticação de ofertas, bem como pelo preenchimento de lacunas nas principais cadeias de valor associadas. A promoção, animação, gestão e acompanhamento da Rede, que se pretende uma estrutura organizativa em evolução e sem personalidade jurídica própria e de natureza aberta, é da responsabilidade da CIM.

Segundo Nuno Martinho, secretário executivo da CIM Dão Lafões, o Plano inclui já algumas iniciativas a realizar até ao final deste ano, como são os casos da captação de agentes empreendedores na terceira semana de Setembro, e da Expo-Oportunidades (a 11, 12 e 13 de Outubro), desta vez com “um novo formato e actividades paralelas muito ricas”.

Carlos Oliveira, secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, considerou o Plano da CIM Dão Lafões como um “bom exemplo” para o país, onde este é o tempo de passar para o terreno as ideias empreendedoras e inovadoras, relevando, a propósito, o primeiro prémio conquistado a nível nacional por um projecto apresentado pela Escola Profissional de Tondela. “Portugal chegou a uma fase em que tem que deixar de falar e passar à acção”, concluiu o governante, para quem, “se o Plano for cumprido, esta Região “será também das mais amigas do empreendedorismo”.

O RISCO DE CURAR A DOENÇA E MATAR O PACIENTE

Aproveitando a presença em Viseu do secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, que presidiu à cerimónia de apresentação do Plano de Acção para a Promoção do Empreendedorismo na Região, o presidente da CIM Dão Lafões, e também presidente da Câmara Municipal de Tondela, Carlos Marta alertou aquele membro do Governo para o risco de o país ter de começar “tudo de novo, se o brutal plano de ajustamento, ditado pelo memorando da troika, continuar a desestruturar o tecido económico”. É o caso da Lei dos Compromissos que, segundo o autarca, está a provocar a paragem total da actividade económica, nomeadamente de investimentos estruturantes. “Estamos perante um cenário em que se cura a doença, mas mata-se o paciente”, avisou Carlos Marta.

Carlos Oliveira registou as preocupações e informou Carlos Marta de que tomou “boa nota” dos recados que ficou de levar para Lisboa.

 

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