Maiorias em Viseu e Tondela atenuam perdas do PSD no distrito

Outubro 14, 2013 | Política

Sem esconder que os resultados do PSD no distrito de Viseu ficaram “aquém das expectativas” nas eleições autárquicas de 29 de Setembro, com vitórias em apenas 13 das 15 câmaras que constavam dos “objectivos estratégicos assumidos”, o presidente da distrital laranja, Mota Faria, considera, apesar de tudo, que o Partido conseguiu “uma das melhores prestações no país”, face a uma conjuntura nacional “desfavorável”, e ao facto de muitos autarcas social-democratas terem terminado os seus mandatos.

Entre ganhos e perdas nos 24 concelhos, Mota Faria sublinha a maioria absoluta na Câmara Municipal de Viseu, numa “mudança de ciclo que numa capital de distrito constitui sempre um óptimo resultado”, e a conquista das câmaras de Tabuaço, Tarouca e Mortágua. Os «amargos de boca» aconteceram em Nelas, onde Borges da Silva venceu com 13 votos de diferença sobre a coligação liderada por Isaura Pedro; S. Pedro do Sul, Carregal do Sal, Penalva do Castelo e Santa Comba Dão.

No concelho de Viseu, onde não surpreendeu a vitória, por maioria, da lista liderada por Almeida Henriques, o PSD conseguiu arrecadar 46,37% dos votos (5 mandatos), contra 26,84% do PS liderado por José Junqueiro (3 mandatos), e 9,56% do CDS, com os centristas a elegerem Hélder Amaral para o próximo executivo camarário. A CDU atingiu os 4,02%, e o BE quedou-se pelos 3,80%. Para a Assembleia Municipal, onde Mota Faria assumirá a presidência, o PSD conseguiu colocar 14 deputados, o PS 8, o CDS-PP 3, o BE 1, e a CDU faz-se agora também representar com um deputado. Para as assembleias de freguesia os maiores destaques vão para as vitórias do independente Rui Pedro, em Abraveses, de João Mota (PS) em Silgueiros, e de José Figueiredo (PS) e José Paulo Menezes (PS) na União de Freguesias de Vila Chã de Sá e Faíl, e de Boaldeia, Farminhão e Torredeita, respectivamente.

Em Tondela, o social-democrata José António de Jesus conseguiu, na sucessão a Carlos Marta, 53,48% dos votos, elegendo 5 mandatos, enquanto o socialista e repetente Cílio Correia não foi além dos 25,69% com 2 mandatos. O CDS recuperou terreno com 9,64 por cento. Já em Lamego, Francisco Lopes continua a garantir a maioria à coligação PSD/CDS, com 53,76% (4 mandatos), com o PS a registar 36,48% e 3 mandatos.

Com 39,33% dos votos conquistados, contra 29,60% do Partido Socialista, o PSD continua a ser o Partido mais votado no distrito de Viseu (aumentou mesmo o número de votos), sem contar com os números da coligação PSD/CDS, que conseguiu 15,27% . “O objetivo estratégico era continuarmos a ser o maior partido do poder local no distrito, e isso foi conseguido”, reconhece Mota Faria, que já anunciou a realização nos próximos dias de uma assembleia distrital para avaliar o falhanço verificado nalgumas metas traçadas. As maiores perdas aconteceram a sul de Viseu onde, das 14 câmaras que integram a CIM Dão Lafões, 9 são agora do PS e 5 do PSD, o que poderá provocar alterações na liderança do organismo intermunicipal até agora presidido por Carlos Marta.

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