Quase três décadas depois da sua construção, na Estrada Velha de Abraveses (Viseu), sem que até hoje tenha beneficiado de qualquer intervenção mais profunda, a Escola Secundária de Viriato (ESV) espera e desespera pelas prometidas obras de requalificação. O director, Carlos Alberto Oliveira, aponta o dedo às infiltrações em algumas salas de aula, a problemas relacionados com o abastecimento de água, à falta de gabinetes de trabalho para professores, entre outras carências cuja resolução, que chegou a estar calendarizada, ficou adiada «sine die» depois da polémica instalada em torno da Parque Escolar.
Na passagem do 27 aniversário do estabelecimento de ensino (ainda não foi desta que chegou a “tão merecida prenda”), Carlos Alberto Oliveira não desiste de pugnar por uma intervenção que, embora sem a dimensão das verificadas na Alves Martins e Emídio Navarro, traga à Secundária de Viriato as condições de trabalho que toda a comunidade escolar merece, e que complementem as mudanças operadas nos últimos anos em termos funcionais e pedagógicos, que culminaram, acrescenta, “com o que consideramos ser hoje uma escola conseguida”, conclui.
Para o director da ESV, os problemas no estabelecimento de ensino estendem-se ainda aos laboratórios, que continuam a funcionar “mas de forma já obsoleta”. E até o pavilhão gimnodesportivo, um equipamento muito utilizado não só pelos alunos mas também por várias colectividades, continua à espera de melhores dias, depois de terem sido assinados protocolos e acordos com vista à sua reabilitação. O primeiro com a Câmara Municipal de Viseu e o segundo com a anterior directora Regional de Educação do Centro. “Continua tudo parado”, lamenta Carlos Alberto Oliveira.
Confessando, depois de uma reunião mantida com a director Regional de Educação do Centro, ter ainda “alguma esperança” na tão desejada requalificação da Secundária de Viriato, cujos problemas acarretam custos acrescidos ao funcionamento do estabelecimento de ensino, Carlos Alberto Oliveira confia que a lista de intervenções “urgentes” a enviar àquela responsável, que a solicitou, venha a ter o devido andamento. “Não à escala inicialmente prevista pela Parque Escolar, porque nunca concordei também com o aumento em mais de 30 por cento da área coberta, mas à dimensão do que é realmente necessário”, conclui o dirigente.
O «Dia da Viriato», cujas comemorações decorreram na manhã de 25 de Outubro, ficou marcado por uma projecção de imagens das actividades mais relevantes do ano lectivo anterior que envolveram a comunidade escolar, entrega de prémios de mérito aos alunos dos diferentes anos de escolaridade, e por um momento musical apresentado por um grupo de alunos. À noite realizou-se um jantar convívio de homenagem aos professores e assistentes operacionais que se aposentaram mais recentemente.