Exploração florestal foi tema de seminário em Tondela

Janeiro 3, 2015 | Economia

O presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António Jesus, defendeu no Seminário «Valorizar e Reactivar a Floresta – uma perspectiva de futuro», que decorreu no Auditório Municipal, a necessidade de “articular a dimensão ambiental com a dimensão económica” na gestão da exploração florestal. “É neste equilíbrio que deve ser respeitada a sustentabilidade no sector”, numa altura, sublinhou, em que a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões elegeu a floresta como “um dos pilares estratégicos do desenvolvimento deste território e da fixação das pessoas à comunidade”, acrescentou o autarca.

Num Seminário que juntou especialistas ligados a organizações como a Fnafloresta, Resipinus e Abastena, José António de Jesus lembrou que o país vive um período de transição em que alguns valores, até agora secundarizados, estão a ser reposicionados numa primeira linha, nomeadamente no sector da agricultura e na área florestal. Isto para concluir, em jeito de desafio, que “se por um lado há áreas de produção mais intensa que têm que ter dimensão económica, por outro lado também é possível insistir num outro tipo de floresta. Não tão intensa sob o ponto de vista de exploração económica, mas que permita, ao mesmo tempo, desenvolver novas práticas e novas acções produtivas que possam conduzir a oportunidades mais elevadas no acesso a instrumentos financeiros de apoio”.

Neste contexto, defendeu Giovani Alencastro, da Abastena, um dos oradores convidados a participar no Seminário, a certificação florestal, para além de garantir a colocação e venda de produtos, é também um excelente factor de competitividade e um instrumento importante de melhoria no planeamento e de uma gestão florestal criteriosa. “Há uma crescente consciencialização em relação à importância da floresta. Quer sob o ponto de vista ambiental, quer social e económico. A sua certificação nasceu desta evidência”, concluiu o técnico.

Era, ainda por esse caminho, que urgia “optimizar aquilo que é a fixação das pessoas às respectivas comunidades”, num sentido de olhar “a perspectiva da valorização económica, que ela exige, mas ao mesmo tempo com a dimensão da sustentabilidade, do equilíbrio e da salvaguarda ambiental e ecológica que lhe está associada”, concluiu.

 

 

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