Festival de Jazz de Viseu reforça dimensão internacional

Julho 19, 2015 | Cultura

“O ano passado foi a vinda do projeto do Troy Miller e dos músicos que tocavam na banda da Amy Winehouse. Este ano, temos três concertos com a presença de artistas internacionais”, avançou Ana Bento, da Gira Sol Azul, na apresentação da terceira edição do Festival de Jazz que decorre em Viseu de 21 a 26 de Julho, com o Alto Patrocínio da Câmara Municipal.

«Que jazz é este?», a provocação que serve também de subtítulo ao festival, pretende, segundo Ana Bento, que o evento chegue a mais públicos se aproxime cada vez mais da comunidade. “Para a edição deste ano, continuamos continuamos com o objetivo de divulgar música de qualidade, seja ela proveniente de grupos profissionais ou amadores. A bitola é sempre essa”, garante.

A formação vai continuar a assumir também uma componente muito forte neste festival. “O desenvolvimento de projetos com a comunidade marca uma vez mais este evento, que o diferencia de outros “pois são os projetos paralelos que lhe conferem uma identidade colectiva, mas que reflecte diversas e diferentes realidades”, acrescenta Ana Bento.

Em 2015, o Festival de Jazz de Viseu mantém o formato de concertos do ano anterior. Pelo Grande Palco instalado no Parque Aquilino Ribeiro, vão passar o pianista Jason Rebello, ao lado da notável voz de Joy Rose. O primeiro trabalhou e tocou durante vários anos ao lado de Sting e acompanha o guitarrista Jeff Beck, e Joy Rose destaca-se também na colaboração com Sting e na obra feita com os Incognito. Ainda de Inglaterra, a convite do colectivo Gira Sol Azul, chega o trompetista londrino Freddie Gavita (músico residente do Ronnie Scott’s Club) e, de França, o multi-instrumentista Christophe Cravero (que tocou ao lado do baterista Billy Cobham).

Já no Palco After Hours, no Mercado 02 de Maio, vão estar nomes reconhecidos da música nacional actual, quer na área do jazz, quer como colaboradores de músicos e grupos nacionais da pop, rock ou fado. São os casos dos Hitchpop com o seu primeiro álbum na calha, Bruno Macedo Quarteto, e ainda Evyl com três dos mais prestigiados e experientes músicos do país que irão brindar o público ao vibe da música original do viseense Luís Lapa.

Destaque ainda para um concerto intimista com o duo local Azul Espiga no Museu Grão Vasco; para a exposição-jogo “Que orquestra é esta?”, desenvolvida por Ana Seia de Matos, espalhada por nove espaços do centro histórico, dedicada e em homenagem à Orquestra Cine Jazz de Viseu que teve o seu apogeu entre os anos 40 e 60 do século XX ; música em movimento com os Chinfrim; a Rádio Rossio, com cinco locutores diferentes, a emitir ao vivo a partir da Praça da República; jam session noite dentro; DJ set com Os Piores DJs do Mundo; um concerto-baile com os Bruce Brothers; diversas e importantes ofertas de formação, e ainda a Viseu JukeBody, obra de arte musical e plástica de cariz itinerante realizada com comunidades locais e fruto da colaboração entre a música Ana Bento e a artista plástica portuense Dona Pata.

Joaquim Rodrigues, da organização, sublinha que, apesar de este ser o terceiro festival, a Gira Sol Azul vai já no seu 7.º Workshop de Jazz e que este ano integra um momento dedicado a músicos e estudantes de música com experiência, dirigido por Xosé Miguelez, e outro a instrumentistas de sopro da região, dirigido por João Martins. “A formação tem que estar sempre presente. É a raiz do nosso trabalho, justifica Joaquim Rodrigues, da organização.

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