«A Floresta»: Viseu acolhe primeira exposição da Fundação La Caixa

Setembro 25, 2018 | Sociedade

Está patente até 31 de outubro, no Parque Aquilino Ribeiro, em Viseu, a exposição itinerante «A Floresta». A primeira da Fundação «la Caixa» em Portugal, que registou mais de um milhão de visitantes nas várias cidades de Espanha onde esteve presente. A mostra, a não perder, demonstra que a floresta não é apenas um conjunto de árvores “mas sim um complexo ecossistema onde habitam e se relacionam um grande número e variedade de seres vivos”.

A exposição apresenta um percurso pelas principais espécies árboreas da Península Ibérica, a sua ecologia e ligação com o ser humano, através de uma singular coleção. Apresenta cinco exemplares excecionais de árvores de Portugal que por motivos morfológicos, históricos ou culturais são considerados únicos.

A primeira parte da exposição centra-se na organização hierárquica dos diferentes níveis de vida, desde a biosfera até ao nível microscópico. Ao mesmo tempo, é feita uma viagem pelos diferentes elementos que compõem e caracterizam os ecossistemas florestais e as suas dinâmicas naturais. Desde o modo como o crescimento das árvores afeta o clima às relações que se estabelecem entre seres vivos, até aos diferentes componentes e processos que ocorrem no solo da floresta.

Os protagonistas destes ecossistemas são as árvores e a elas é dedicada a segunda parte da exposição. As árvores são seres vivos pluricelulares, vegetais e lenhosos que ocupam o estrato mais elevado da vegetação. É neste âmbito que se explicam as partes constituintes de uma árvore, as funções de suporte e de captação das raízes e como se expandem as florestas através das sementes. Também se explicam as diferentes partes que compõem a madeira das árvores e como as alterações climáticas as influenciam.

Na última parte da exposição “Floresta e Ser Humano”, é explicada a evolução dos usos que as florestas tiveram ao longo da história e qual o seu papel na atualidade.

“Esta (a exposição) é uma boa oportunidade para chamar a atenção das pessoas para outras questões como os fogos de outubro do ano passado”, reconheceu, na cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara de Viseu. Almeida Henriques aproveitou para anunciar, a criação, em cada uma das freguesias do concelho, de um hectare de mata a preservar para as gerações futuras. Isto na sequência do trabalho que a Autarquia tem vindo a desenvolver no sentido de tornar a floresta não apenas num fator económico, como é exemplo o investimento na instalação da central de biomassa,  “mas também de qualidade de vida”.

Para o presidente honorário do BPI e curador da Fundação «la Caixa», Artur Santos Silva, Viseu foi a cidade escolhida para esta primeira exposição em Portugal, porque é reconhecida “pela sua sua dinâmica, em muitos domínios exemplar, na introdução de políticas de defesa e preservação florestal”. O que encaixa como uma luva naquilo que se pretende com esta mesma exposição: “promover o amor, o cuidado e a paixão pela floresta”.

 

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