30 anos de escrita e 20 obras em “Pensar o Mundo” de Manuel Maria Carrilho

Novembro 13, 2012 | Cultura

O viseense e antigo ministro da Cultura e embaixador de Portugal na UNESCO, Manuel Maria Carrilho, apresentou no Hotel Montebelo, em Viseu, o livro de sua autoria, «Pensar o Mundo». Uma obra, diz, que vem ao encontro de “uma necessária e urgente reflexão sobre a situação difícil que se vive no país e na Europa, muito diferente da que se vive no resto do mundo”.

«Inspirada» pelo também viseense Eduardo Pinto, a sessão de apresentou de «Pensar o Mundo» (obra em dois volumes), depois do seu lançamento em Lisboa pela Grácio Editora, juntou dezenas de amigos do autor naquela unidade hoteleira, onde Manuel Maria Carrilho aproveitou a conversa informal, mas estimulante, mantida com os presentes para sublinhar a importância de se procurarem outras visões alternativas para inverter o actual «status quo» em que se encontra a vida nacional. Neste contexto, criticou, não apenas, o “sonambolismo” da sociedade civil (“há uma distância entre a vida dos cidadãos e a urgência em resolver os problemas”), mas também os partidos de esquerda que, no entender do autor, ainda não foram capazes de apresentar aos cidadãos uma visão alternativa e global.

“É importante procurar outras alternativas, mas é também muito difícil confiar nas visões que nos trouxeram até aqui”, concretiza Carrilho, para quem os partidos estão “cada vez mais desqualificados e reduzidos aos aparelhos”, enquanto a sociedade civil continua a olhar de forma “desinteressada e resignada para esta realidade, o que acaba por prejudicar a própria democracia”.

«Pensar o Mundo» reúne e apresenta em sequência cronológica, segundo a Grácio Editora, os vinte livros publicados por Manuel Maria Carrilho no decurso das últimas três décadas (1982-2012). “Trata-se de uma obra marcada pela abordagem dos grandes temas e problemas da contemporaneidade, fundamental no panorama do pensamento e da cultura portuguesas”.

 

 

 

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